Galo sem foco, perde de goleada para o arquirival, apesar de ser um jogo atípico pela equipe desfigurada e com jogadores de base do Galo a equipe celeste comemora como se fosse um título.O que vale é a história e o cruzeiro não tem nada com isso, o Atlético deveria valorizar mais o clássico e mandar uma equipe mista,
CAMPEONATO BRASILEIRO
Cruzeiro goleia time 'alternativo' do Atlético e assume a liderança provisória
Equipe celeste aproveita fragilidade do rival e vence por 4 a 1, de virada, no Mineirão
Vicente Ribeiro - Superesportes
Publicação:
28/07/2013 17:56
Atualização:
28/07/2013 19:02
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Everton Ribeiro fez um gol e deu muito trabalho para a defesa atleticana no clássico no Mineirão |
O
Cruzeiro confirmou o favoritismo e levou a melhor no clássico diante do
Atlético, neste domingo, no Mineirão, pela nona rodada do Campeonato
Brasileiro. Muito superiores em campo, os celestes não tiveram
dificuldade para golear o time alternativo do Galo por 4 a 1, assumindo a
liderança provisória. O alvinegro saiu na frente com Alecsandro, de
pênalti, mas os estrelados viraram com Everton Ribeiro, Ricardo Goulart
(2) e Nilton.
Em clima de festa e ‘ressaca’ pela
conquista inédita da Copa Libertadores, com a vitória diante do Olimpia
nos pênaltis, na última quarta-feira, no Mineirão, o Atlético entrou em
campo com um time muito alterado, só com Marcos Rocha e Richarlyson como
titulares, mesmo assim utilizados em outras funções. O Cruzeiro, por
sua vez, alheio à comemoração do rival, manteve a seriedade com que vem
encarando o campeonato, dominou totalmente o rival e chegou ao placar
elástico.
O Cruzeiro conquistou a terceira vitória no Brasileiro e
assumiu a ponta, beneficiado pelo tropeço do Internacional ante o
Náutico. O time celeste, que vinha de triunfos diante de Náutico e São
Paulo, ambas por 3 a 0, passou a somar 18 pontos com a goleada no
clássico. O Atlético, que derrotara Criciúma (3 a 2) e Corinthians (1 a
0), usando um time ‘B’ com mais opções que o deste domingo, permaneceu
com 10 pontos, em 13º. O Galo, porém, tem um jogo a menos (ainda
enfrentará a Ponte Preta em partida adiada).
Na próxima rodada, o
Cruzeiro sairá para pegar o Fluminense no Rio de Janeiro, na
quarta-feira que vem, às 19h30. Já o Atlético terá a chance de se
recuperar em casa, contando com a volta dos campeões da Libertadores,
diante do Atlético-PR, na mesma data e horário, no Estádio
Independência.
O jogoCom um time
totalmente mexido, o Atlético não conseguiu jogar. Não criou
praticamente nada no setor ofensivo e não prendeu a bola na frente, o
que facilitou para o Cruzeiro pressionar. Mais organizado, o time
celeste agrediu bastante pelos flancos, mas sem penetrar na defesa.
Faltou um pouco de objetividade no começo para os azuis, que trocavam
muitos passes e erravam nas conclusões.
Mesmo prejudicado pela
falta de entrosamento, o Atlético saiu na frente. Marcos Rocha ficou com
a sobra na área e tirou de Dedê, que cometeu pênalti infantil. Na
cobrança, aos 17min, Alecsandro bateu forte, acertando o ângulo direito
de Fábio: 1 a 0. Festa para a pequena torcida alvinegra presente ao
Mineirão, logo silenciada com vaias pela maioria celeste.
O
Cruzeiro partiu para o empate e teve em Vinícius Araújo a principal peça
ofensiva. Se movimentando pelos dois lados do campo, o atacante
dificultava muito para os marcadores. A partir dos 30min, o time celeste
aumentou a pressão, já que o time atleticano estava todo recuado, à
espera de uma oportunidade na velocidade de Luan, pela direita.
Aos
31min, veio o empate do Cruzeiro. Gilberto Silva perdeu a bola para
Luan, que passou a Everton Ribeiro, que chutou cruzado, sem chance para
Giovanni: 1 a 1. O meia-atacante comemorou bastante e incendiou ainda
mais a torcida. Foi o suficiente para animar ainda mais os celestes, que
partiram com tudo para a virada.
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Luan e Marcos Rocha brigam pela bola com Nilton e Dedé: Galo sem ação e Cruzeiro na pressão |
O
fim do primeiro tempo foi um sufoco do Cruzeiro, que no entanto viu em
Giovanni uma barreira no gol alvinegro. Mas o time celeste foi premiado
pela insistência e passou à frente. Depois de excelente intervenção do
goleiro atleticano em cabeçada de Souza, mandando a escanteio, Rafael
Marques afastou mal e a bola ficou com Vinícius Araújo. O atacante
cruzou rasteiro e Ricardo Goulart mandou para as redes: 2 a 1. Resultado
justo pela maior força ofensiva da equipe estrelada.
Goleada celesteO
Atlético voltou alterado pelo técnico Cuca, que apostou em Leleu para
dar mais força ao setor ofensivo e no jovem zagueiro Jemerson, com a
pretensão de melhorar a marcação. Mas o Cruzeiro continuou melhor e
pressionando em busca do terceiro, que saiu logo aos 7min. Egídio bateu
escanteio pela esquerda, a zaga apenas acompanhou a chegada precisa de
Nilton, que tocou para as redes de Giovanni: 3 a 1.
Com a
vantagem tranquila e sem ser ameaçado, o Cruzeiro teve tranquilidade
para fazer mais um, aos 12min. Ricardo Goulart foi lançado pela direita,
Jemerson esticou a perna e não conseguiu superar o atacante, que chutou
sem chance para Giovanni: 4 a 1. Goleada desenhada e muitas provocações
da torcida celeste, que passou a gritar ‘Eu acredito’, em alusão à
frase que marcou o título da Libertadores do rival, contra o Olimpia.
Naquela altura, a expectativa dos cruzeirenses era repetir o placar de 6
a 1 diante do Galo, alcançado na última rodada do Brasileiro de 2011.
Se
o Cruzeiro tivesse mantido o ritmo até o fim, talvez até conquistasse
um placar mais amplo. Mas a equipe celeste ‘tirou o pé’ em alguns
momentos, até mesmo pela facilidade em chegar ao setor ofensivo. Mesmo
assim os estrelados poderiam ter feito mais gols, enquanto o Galo, ainda
mais mexido ao longo da etapa final, com Cuca lançando mão de juniores,
voltou mais as atenções para a defesa, criando apenas uma oportunidade,
com Gilberto Silva. Prevaleceram a experiência e o melhor entrosamento
dos mandantes, diante de um adversário muito fragilizado pela ausência
dos titulares.
CRUZEIRO 4 x 1 ATLÉTICOCruzeiroFábio;
Mayke (Ceará), Dedé, Bruno Rodrigo e Egídio; Nilton, Souza, Everton
Ribeiro e Ricardo Goulart; Luan (Martinuccio) e Vinícius Araújo
(Willian)
Técnico: Marcelo Oliveira
AtléticoGiovanni;
Michel, Rafael Marques, Gilberto Silva e Junior César; Lucas Cândido,
Rosinei (Leleu), Marcos Rocha e Richarlyson (Jemerson); Luan (Élder) e
Alecsandro
Técnico: Cuca
Motivo: nona rodada do Campeonato Brasileiro
Estádio: Mineirão
Data: 28 de julho (domingo)
Árbitro: Emerson de Almeida Ferreira (MG)
Assistentes: Márcio Eustáquio Santiago (MG) e Pablo Almeida da Costa (MG)
Gols: Alecsandro (pênalti), 18, Everton Ribeiro, 31, Ricardo Goulart, 43min do 1ºT; Nilton, 7, Ricardo Goulart, 12min do 2ºT
Público: 35.689 pagantes
Renda: R$ 1.815,785,00
Cartões amarelos: Richarlyson, Marcos Rocha (ATL); Luan, Souza (CRU)