Corinthians empata com Santos e faz final inédita da Copa Libertadores
por Thiago Arantes e Lucas Borges, de São Paulo (SP), para o ESPN.com.br
O Corinthians está na final da Copa Libertadores. Um empate por 1 a 1
com o Santos, nesta quarta-feira, no Pacaembu, levou o time para a
decisão, a apenas duas partidas do sonhado e inédito título. Neymar
marcou primeiro, e Danilo fez o heroico gol da classificação.
Depois de vencer a partida de ida, na Vila Belmiro, por 1 a 0, sendo superior ao rival, o Corinthians se encolheu no início do segundo jogo, e viu Neymar fazer 1 a 0 para o Santos no primeiro tempo.
O clima de apreensão tomou conta dos torcedores corintianos, provavelmente receosos com um desfecho que já haviam visto na Libertadores.
Mas a estrela do 'Mr.Libertadores', Danilo, brilhou logo aos dois minutos da etapa final, dando ao time de Parque São Jorge a confiança necessária para conquistar o feito inédito. O Santos, atual campeão do torneio, pressionou no final, mas teve o sonho do segundo bi sul-americano após Pelé encerrado mais cedo.
O adversário corintiano na grande decisão sairá do confronto entre Boca Juniors e Universidad do Chile. Depois dos argentinos vencerem por 2 a 0 dentro de casa, as equipes voltam a se encontrar, nesta quinta, em Santiago.
Quando a bola enfim rolou, quem atrasou foi o Corinthians. Com a vantagem de poder empatar, o time da casa recuou a marcação, ao contrário do que sempre fez, e chamou o adversário para seu campo. Só que o Santos tinha dificuldade para se infiltrar. Tentava confundir a marcação com Ganso buscando a bola da defesa, atrás de Arouca, e Neymar rodando entre os volantes e os zagueiros corintianos.
Em uma das jogadas ofensivas, Neymar foi desarmado por Willian no meio-campo e propiciou perigosíssimo contragolpe. O Corinthians saiu com tudo de trás, e a bola passou pelos pés de Jorge Henrique, Danilo, Alex e Paulinho até ser devolvida para Willian, que chutou rasteiro da entrada da área, mas sem força, facilitando a defesa de Rafael.
Outra rara chance do Corinthians, depois de seguidas subidas do Santos, foi através de bola parada na meia direita, aos 20 minutos. A barreira esperava cobrança de Chicão, mas Alex bateu rapidamente na tentativa de surpreender Rafael. Mas o goleiro estava esperto e pulou no canto esquerdo para espalmar a escanteio.
Quatro minutos mais tarde, Fábio Santos ficou com sobra pouco à frente da área e rifou a bola. Um lance atípico que deixou clara a estratégia defensiva da equipe mandante – ou apenas de seus jogadores, já que o técnico Tite se esgoelava à beira do gramado pedindo a eles que subissem a marcação.
Mantendo-se da linha do meio-campo para frente, o Santos quase abriu o placar em chute de Juan defendido por Cássio, após bola atrasada por Ganso. Aos 35 minutos, sim, o time visitante inaugurou o marcador. Neymar deixou Fábio Santos no chão e abriu na direita para Alan Kardec cruzar rasteiro. Borges desviou no meio, e Neymar ainda deixou a bola tocar a trave esquerda antes de empurrar à rede.
A calma então virou pressa, e o Corinthians se lançou à frente. Mas não conseguiu balançar a rede no primeiro tempo graças a Rafael. O goleiro santista espalmou cabeceio de Jorge Henrique aos 45 minutos e segurou a diferença mínima parcial até a descida para o intervalo.
No intervalo, Tite sacou Willian para a entrada de Liedson e certamente sacudiu seus atletas. O Corinthians voltou muito diferente para o segundo tempo e empatou o jogo aos três minutos do segundo tempo. Alex cobrou falta da ponta esquerda, a bola atravessou a área sem ser cortada pela defesa e caiu para Danilo. Ele dominou e chutou firme, estufando a rede de Rafael, para delírio do banco corintiano, que a essa altura já contava com o diretor Roberto de Andrade.
Inflamado e novamente com o placar favorável, o time da casa continuou marcando na frente. Aos oito, Paulinho chutou bola pela lateral, e Adriano deu início a uma breve confusão. O volante santista empurrou um gandula que pretendia atrasar a reposição de bola, e os corintianos só não foram para cima do adversário porque Tite não os deixou.
A marcação adiantada persistiu por algum tempo e começou a cair por terra na metade do segundo tempo, pouco depois de Paulinho acertar a trave direita e ver o assistente apontar impedimento. Neymar procurou bola em todos os espaços do campo, porém a retaguarda corintiana fechou-se bem e mostrou o porquê de ter sido vazada só três vezes no torneio, um dos principais motivos para que a classificação inédita à Libertadores fosse selada no apito final de Leandro Vuaden.
FICHA TÉCNICA:
CORINTHIANS 1 X 1 SANTOS
Local: Estádio do Pacaembu, em São Paulo (SP)
Data: 20 de junho de 2012, quarta-feira
Horário: 21h50 (de Brasília)
Público: 37.978
Renda: R$ 2.599.702,50
Árbitro: Leandro Vuaden
Assistentes: Altemir Hausmann e Alessandro Rocha
GOLS:
CORINTHIANS: Danilo, aos dois minutos do segundo tempo
SANTOS: Neymar, aos 35 minutos do primeiro tempo
CORINTHIANS: Cássio; Alessandro, Chicão, Leandro Castán, Fábio Santos; Ralf, Paulinho e Alex; Jorge Henrique, Willian (Liedson) e Danilo
Técnico: Tite
SANTOS: Rafael; Henrique, Edu Dracena, Durval e Juan (Léo); Adriano (Elano), Arouca e Paulo Henrique Ganso; Alan Kardec, Neymar e Borges (Dimba)
Técnico: Muricy Ramalho
Depois de vencer a partida de ida, na Vila Belmiro, por 1 a 0, sendo superior ao rival, o Corinthians se encolheu no início do segundo jogo, e viu Neymar fazer 1 a 0 para o Santos no primeiro tempo.
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O clima de apreensão tomou conta dos torcedores corintianos, provavelmente receosos com um desfecho que já haviam visto na Libertadores.
Mas a estrela do 'Mr.Libertadores', Danilo, brilhou logo aos dois minutos da etapa final, dando ao time de Parque São Jorge a confiança necessária para conquistar o feito inédito. O Santos, atual campeão do torneio, pressionou no final, mas teve o sonho do segundo bi sul-americano após Pelé encerrado mais cedo.
O adversário corintiano na grande decisão sairá do confronto entre Boca Juniors e Universidad do Chile. Depois dos argentinos vencerem por 2 a 0 dentro de casa, as equipes voltam a se encontrar, nesta quinta, em Santiago.
Danilo comemora o gol da classificação corintiana
Crédito da imagem: Agência Estado
O jogoCrédito da imagem: Agência Estado
Quando a bola enfim rolou, quem atrasou foi o Corinthians. Com a vantagem de poder empatar, o time da casa recuou a marcação, ao contrário do que sempre fez, e chamou o adversário para seu campo. Só que o Santos tinha dificuldade para se infiltrar. Tentava confundir a marcação com Ganso buscando a bola da defesa, atrás de Arouca, e Neymar rodando entre os volantes e os zagueiros corintianos.
Em uma das jogadas ofensivas, Neymar foi desarmado por Willian no meio-campo e propiciou perigosíssimo contragolpe. O Corinthians saiu com tudo de trás, e a bola passou pelos pés de Jorge Henrique, Danilo, Alex e Paulinho até ser devolvida para Willian, que chutou rasteiro da entrada da área, mas sem força, facilitando a defesa de Rafael.
Outra rara chance do Corinthians, depois de seguidas subidas do Santos, foi através de bola parada na meia direita, aos 20 minutos. A barreira esperava cobrança de Chicão, mas Alex bateu rapidamente na tentativa de surpreender Rafael. Mas o goleiro estava esperto e pulou no canto esquerdo para espalmar a escanteio.
Quatro minutos mais tarde, Fábio Santos ficou com sobra pouco à frente da área e rifou a bola. Um lance atípico que deixou clara a estratégia defensiva da equipe mandante – ou apenas de seus jogadores, já que o técnico Tite se esgoelava à beira do gramado pedindo a eles que subissem a marcação.
Mantendo-se da linha do meio-campo para frente, o Santos quase abriu o placar em chute de Juan defendido por Cássio, após bola atrasada por Ganso. Aos 35 minutos, sim, o time visitante inaugurou o marcador. Neymar deixou Fábio Santos no chão e abriu na direita para Alan Kardec cruzar rasteiro. Borges desviou no meio, e Neymar ainda deixou a bola tocar a trave esquerda antes de empurrar à rede.
A calma então virou pressa, e o Corinthians se lançou à frente. Mas não conseguiu balançar a rede no primeiro tempo graças a Rafael. O goleiro santista espalmou cabeceio de Jorge Henrique aos 45 minutos e segurou a diferença mínima parcial até a descida para o intervalo.
No intervalo, Tite sacou Willian para a entrada de Liedson e certamente sacudiu seus atletas. O Corinthians voltou muito diferente para o segundo tempo e empatou o jogo aos três minutos do segundo tempo. Alex cobrou falta da ponta esquerda, a bola atravessou a área sem ser cortada pela defesa e caiu para Danilo. Ele dominou e chutou firme, estufando a rede de Rafael, para delírio do banco corintiano, que a essa altura já contava com o diretor Roberto de Andrade.
Inflamado e novamente com o placar favorável, o time da casa continuou marcando na frente. Aos oito, Paulinho chutou bola pela lateral, e Adriano deu início a uma breve confusão. O volante santista empurrou um gandula que pretendia atrasar a reposição de bola, e os corintianos só não foram para cima do adversário porque Tite não os deixou.
A marcação adiantada persistiu por algum tempo e começou a cair por terra na metade do segundo tempo, pouco depois de Paulinho acertar a trave direita e ver o assistente apontar impedimento. Neymar procurou bola em todos os espaços do campo, porém a retaguarda corintiana fechou-se bem e mostrou o porquê de ter sido vazada só três vezes no torneio, um dos principais motivos para que a classificação inédita à Libertadores fosse selada no apito final de Leandro Vuaden.
FICHA TÉCNICA:
CORINTHIANS 1 X 1 SANTOS
Local: Estádio do Pacaembu, em São Paulo (SP)
Data: 20 de junho de 2012, quarta-feira
Horário: 21h50 (de Brasília)
Público: 37.978
Renda: R$ 2.599.702,50
Árbitro: Leandro Vuaden
Assistentes: Altemir Hausmann e Alessandro Rocha
GOLS:
CORINTHIANS: Danilo, aos dois minutos do segundo tempo
SANTOS: Neymar, aos 35 minutos do primeiro tempo
CORINTHIANS: Cássio; Alessandro, Chicão, Leandro Castán, Fábio Santos; Ralf, Paulinho e Alex; Jorge Henrique, Willian (Liedson) e Danilo
Técnico: Tite
SANTOS: Rafael; Henrique, Edu Dracena, Durval e Juan (Léo); Adriano (Elano), Arouca e Paulo Henrique Ganso; Alan Kardec, Neymar e Borges (Dimba)
Técnico: Muricy Ramalho
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