sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Libertadores 2013 - Os grupos já estão sorteados

Altitude no caminho de São Paulo e Grêmio. Veja como ficaram os grupos

Bolívar (Bolívia) e LDU (Equador) serão adversários dos brasileiros na pré-Libertadores. Corinthians e Fluminense escapam de rivais argentinos

Por GLOBOESPORTE.COM Assunção
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Sem direito a grupo da morte para brasileiros, mas com a altitude como principal desafio na fase preliminar, começou a 54ª edição da Taça Libertadores da América. O sorteio realizado no início da tarde desta sexta-feira em Assunção, no Paraguai, colocou a LDU (Equador) e o Bolívar (Bolívia) no caminho de Grêmio e São Paulo, respectivamente, na pré-Libertadores. E se ambos avançarem à fase de grupos, cairão na mesma chave que outros dois brasileiros: o Tricolor paulista buscará a última vaga do Grupo 3, onde está o Atlético-MG, e o gaúcho tentará entrar no Grupo 8, onde o Fluminense é o cabeça de chave.
Atual campeão, o Corinthians escapou dos argentinos, mas não deve ter vida fácil no Grupo 5. O Millonarios (Colômbia), que eliminou Palmeiras e Grêmio na última Copa Sul-Americana, teoricamente está entre os adversários mais competitivos do torneio. E as demais equipes da chave oferecem outros incômodos: a longa e desgastante viagem para enfrentar o Tijuana, do México, e a altitude de 3.706m de Oruro para o duelo contra o San José, da Bolívia.
Tabela Libertadores 2013 (Foto: arte esporte)

Corínthians 1 x 0 Chelsea. Ganhou quem levou mais a sério o Mundial

16/12/2012
11h22


Corinthians de Tite campeão mundial pode e deve ser o início de uma nova era tática do futebol brasileiro


Getty
Maior contratação do semestre, Guerrero era dúvida e acabou sendo o destaque do Mundial
Guerrero marcou o gol que coloca o Corinthians no topo do mundo.
O Corinthians foi muito mal tecnicamente na semifinal do Mundial Interclubes e não contou com a inspiração de Paulinho e Emerson na decisão contra o Chelsea.

Por que venceu? Porque teve Cássio em noite inspirada, sim. Pelo menos quatro defesas importantes. Mas a força ofensiva do Chelsea já era conhecida.

Porque teve em Guerrero a referência na frente e o artilheiro que faltaram em outros momentos, mesmo com vitórias e titulos. Dois gols que valeram a taça.

Porque teve Danilo, essencial pela experiência e a rara inteligência tática. Incansável pela esquerda, cobriu Fabio Santos quando foi preciso e apareceu na frente no chute que encontrou Guerrero na área adversária.

Porque teve o apoio de uma torcida enorme e fanática que cruzou o mundo para emular um Pacaembu e aquecer o inverno japonês. E a entrega dos jogadores foi proporcional ao apoio. Comovente.

Mas a equipe de Tite superou todos os problemas e volta ao Brasil com a taça principalmente porque possui artigo raríssimo em um país que insiste em valorizar apenas o talento: organização tática.

Na decisão, o Chelsea imaginou que só jogaria com a bola. Por isso a escalação de Lampard ao lado de Ramires à frente da defesa. Engano de Benítez. Assim como a opção por Moses, deixando no banco Oscar, mais talentoso e entrosado com Hazard, Mata e Torres.

O Corinthians se planejou para defender. Por isso Jorge Henrique e Danilo pelos lados alinhados a Paulinho à frente de Ralf e Emerson voltando com um dos volantes. A última linha defensiva, como sempre, quase perfeita no posicionamento. Laterais marcando como defensores.

Mas também se preparou para atacar, com Paulinho, mesmo longe da produção natural, aparecendo na frente, como no lance do gol, e Emerson se juntando a Guerrero. Mesmo com a fantástica atuação de Cássio, o Corinthians não sofreu tanto quanto o São Paulo em 2005 e Internacional no ano seguinte. Na jogada do gol, cinco jogadores se aproximaram da meta de Cech.

Porque o time de Tite marca e joga. Com responsabilidade e inteligência tática. Chicão lá de trás inicia a construção das jogadas. Emerson e Guerrero combatem na frente. Como exige o futebol moderno.

Que o triunfo corintiano em Yokohama inicie, enfim, uma nova era tática do futebol brasileiro. Já passou da hora.

Olho Tático
O Corinthians organizado para se defender e atacar com J.Henrique e Danilo pelos lados, Emerson e Paulinho se juntando a Guerrero.
O Corinthians organizado para se defender e atacar com J.Henrique e Danilo pelos lados, Emerson e Paulinho se juntando a Guerrero.

Pré Jogos da Final : Corínthians x Chelsea

Chelsea finalista e favorito: boa ou má notícia para o Corinthians?

Rafa Benítez surpreendeu ao posicionar David Luiz como volante no 4-2-3-1 habitual do time londrino. O zagueiro brasileiro, de bom passe e ímpeto ofensivo, dominou o meio-campo e participou ativamente das ações de ataque.

Mas as maiores virtudes do Chelsea nos 3 a 1 sobre o Monterrey foram as apresentadas desde o início da temporada, ainda sob o comando de Roberto Di Matteo: movimentação intensa e ótimo entrosamento do trio Mata-Oscar-Hazard atrás de Fernando Torres e fluência pela esquerda com o apoio de Ashley Cole.

Tarefa facilitada pela frágil marcação do Monterrey. O 4-1-4-1 com Meza entre as linhas de quatro e De Nigris à frente assistiu ao toque de bola e à intensidade do campeão europeu. Jogo definido em 47 minutos com os gols de Mata, Fernando Torres e Chavez, contra. De Nigris diminuiu no final, com o time inglês em ritmo de treino.

Olho Tático
Com David Luiz como volante, força pela esquerda e quarteto ofensivo envolvente, o Chelsea sobrou na semifinal.
Com David Luiz como volante, força pela esquerda e quarteto ofensivo envolvente, o Chelsea sobrou na semifinal.

O passeio em Yokohama volta a transferir o favoritismo para o Chelsea que vinha sendo questionado por conta da má fase dos Blues com a eliminação na fase de grupos na Liga dos Campeões.
Boa ou má notícia para o Corinthians? Como tudo na vida, depende. Se repetir a hesitação e o péssimo desempenho técnico do segundo tempo na semifinal com o crescimento do Al-Ahly, será presa tão fácil quanto o Monterrey.

Mas se jogar assumindo a condição de “zebra” com coragem, marcação forte desde a saída de bola e transição ofensiva rápida e com passe certo, a equipe de Tite pode ser forte adversário. Com chances reais de vitória e título.

O Corinthians vai precisar de toda sua solidez defensiva, com muita concentração no posicionamento de Alessandro e Fabio Santos na última linha da retaguarda e, principalmente, de Ralf e Paulinho.

Se mantiver a formação inicial, Danilo pode ficar à direita para duelar com Ashley Cole. Mas terá que acompanhar até o fundo, porque Alessandro cuidará de Hazard ou quem aparecer no setor. O meia falhou em muitos lances pela esquerda contra Fathi. Tite também pode apelar para Jorge Henrique, mais habituado à função, e a articulação ficaria a cargo de Douglas contra Obi Mikel.

A única certeza é que o campeão sul-americano vai precisar de muito mais de seu grande destaque: Paulinho terá que ser volante de forte marcação sem a bola e o quarto meia chegando à frente.

Apesar da boa atuação da equipe, Benítez deve mudar a formação. Ramires voltaria ao meio-campo com David Luiz retornando à zaga e Moses tomaria a vaga de Oscar – para o treinador espanhol, o jovem brasileiro “ainda não está pronto” para ser titular absoluto. Em tese, meio-campo mais rápido e vigoroso, porém menos técnico. 

O duelo Paulinho x Ramires, se ocorrer, promete muito. Quem se transformar em meia e empurrar o oponente para o próprio campo fará seu time levar vantagem no meio.

Olho Tático
Com as possíveis formações de Chelsea e Corinthians, os duelos Danilo x Cole e Paulinho x Ramires serão importantes na esperada decisão.
Com as possíveis formações de Chelsea e Corinthians, os duelos Danilo x Cole e Paulinho x Ramires serão importantes na esperada decisão.

Independentemente das escolhas do técnico dos Blues, fica a grande questão: que Corinthians veremos na decisão? O inseguro da derrota para os reservas do São Paulo e do segundo tempo em Toyota ou o que não se intimidou com a tradição do Boca Juniors na final da Libertadores e teve boas atuações na preparação durante o Brasileiro?

A resposta no domingo pode, sim, vir em forma de título.




Blog Olho Tático

São Paulo 2 x 0 Tigres- Campeão Sul Americana 2012

São Paulo campeão: na noite de Lucas, time dos dribles venceu com toque de bola

O ato final da Copa Sul-Americana 2012 foi absolutamente lamentável. Por tudo e todos. Sem mocinhos. Mas não macula a conquista do São Paulo, o melhor time da competição com campanha invicta.

O Tigre entrou com proposta óbvia: duas linhas de quatro, Botta na articulação buscando Maggiolo. Marcação forte (e violenta), contragolpes e muitas jogadas aéreas.

Reuters
Lucas se emociona depois de fazer o primeiro gol do São Paulo na final da Sul-Americana
Lucas marcou gol, serviu Osvaldo e levantou a taça na despedida.
Só não contavam com o toque do São Paulo, time da condução de bola em velocidade e dos dribles. Depois de vinte minutos tensos, o Tigre deu espaços para William José e Jadson pelo centro, que tentaram a troca de passes rasteiros.

A bola sobrou para o primeiro ato do personagem da noite. Lucas tirou do alcance de Albil com a canhota. Com as linhas desarticuladas, o camisa sete recebeu com liberdade e serviu Osvaldo, impedido por centímetros - impossível culpar a arbitragem no lance dificílimo. Toque por cima preciso. Título definido em duas jogadas trabalhadas.

Um gol, uma assistência, dribles e a provocação inteligente e madura no intervalo, mostrando o algodão para Orban. Ótimo exemplo do menino para o veterano Luis Fabiano. Não é absurdo dizer que ele literalmente acabou com o jogo no Morumbi. E ainda levantou a taça.

No PSG, Lucas deve evoluir ainda mais, especialmente no aspecto tático. O desafio de Ney Franco para 2013 será repor o jogador agudo que mostrou maturidade e poder de decisão em uma final internacional. Vai deixar saudades.

Olho Tático
Diante das linhas de quatro do Tigre, São Paulo foi envolvente com bola no chão e Lucas desequilibrou.
Diante das linhas de quatro do Tigre, São Paulo foi envolvente com bola no chão e Lucas desequilibrou.



Blog Olho Tático

Nova regra na Libertadores

Copa Libertadores agora terá suspensão por acúmulo de cartões amarelos

Gazeta Press
| Tags: celular 

Publicação:

21/12/2012 08:50
 

Atualização:

21/12/2012 08:49
A próxima edição da Copa Libertadores da América terá uma novidade relacionada à arbitragem. A partida de 2013, os jogadores que levarem três cartões amarelos na competição serão suspensos por uma partida, o que já ocorre em torneios como o Campeonato Brasileiro e a Copa do Brasil.

Até este a edição deste ano, vencida pelo Corinthians, o atleta que recebesse cartões amarelos era punido apenas financeiramente. O primeiro cartão ‘custava’ 100 dólares (cerca de R$ 206) e, do segundo em diante, a multa chegava a R$ 412.

A alteração no regulamento ficou definida nesta quinta-feira em reunião realizada na sede da Conmebol, em Assunção. O comitê executivo da entidade máxima do futebol sul-americano se reuniu na capital paraguaia na véspera do sorteio dos grupos da edição de 2013 da Libertadores e definiu a mudança no critério de punição aos atletas indisciplinados, segundo informações do site Pasión Libertadores, vinculado a Conmebol.

O antigo sistema era um dos alvos de críticas de clubes brasileiros. Para eles, o regulamento anterior beneficiava equipes de nível técnico inferior e que tinham como proposta de jogo parar o adversário com faltas.

Uma diferença importante em relação a torneios como a Liga dos Campeões da Europa ou a Copa do Mundo, é que o número de cartões recebidos por um jogador não será zerado em nenhuma fase da competição. Além da suspensão por acúmulo de cartões, a Conmebol também definiu que as equipes poderão inscrever 30 jogadores, com direito a três alterações nos inscritos antes das oitavas, quartas e semifinal.

Durante a fase preliminar da competição, no entanto, o limite de 25 jogadores que era utilizado na edição passada, fica mantido. Caso vençam seus duelos e entrem na fase de grupos, times como Grêmio e São Paulo poderão adicionar mais cinco nomes à lista.