domingo, 21 de outubro de 2012

Palmeiras 2 x 0 Cruzeiro. Grande vitória do Verdão que fica a 4 pontos de sair da zona de rebaixamento e mantém acesas as luzes , enquanto ao Cruzeiro o sonho impossível da libertadores alimentados pelos jogadores e técnico acabaram de vez, agora é repensar a equipe para o ano que vem depois do fiasco.

Com dois de Barcos, Palmeiras vence e fica a quatro pontos de deixar o Z-4

Pirata decide novamente e Verdão continua luta para deixar a zona de rebaixamento

LANCEPRESS! - 20/10/2012 - 20:39 Araraquara (SP)
Gol do Barcos - Palmeiras x Cruzeiro (Foto: Eduardo Viana)
Barcos, sempre ele! O Pirata, principal jogador do Palmeiras na temporada, foi o grande protagonista da vitória do Verdão na noite deste sábado. Jogando em Araraquara, o Palmeiras derrotou o Cruzeiro por 2 a 0, chegou aos 32 pontos e ficou a quatro do Bahia, primeiro fora da zona de rebaixamento. O Cruzeiro, que tem chances matemáticas desprezíveis de figurar no G-4, se distancia ainda mais do sonho de ir à Libertadores.
Além de fazer o dever de casa e subir, provisoriamente, uma posição, o Palmeiras ainda contou com uma mãozinha do maior rival. Jogando no Pacaembu, o Corinthians empatou com o Bahia por 1 a 1 e "deu" dois pontos para seu arquirrival, ao arrancá-los do Tricolor Baiano. O time da Boa Terra tem 36 pontos, na 16ª colocação. Agora, o Verdão se prepara para ir a Porto Alegre, onde enfrenta o Internacional, no próximo sábado, às 16h20.
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CARA DA RODADA
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O Cruzeiro, que havia conseguido sete dos últimos nove pontos disputados, ainda mantinha o quase impossível sonho de se classificar à Libertadores. Com a derrota, a Raposa cai para a nona posição e praticamente só pensa em 2013. Na próxima rodada, na quinta-feira, o time celeste, ali mesmo no interior paulista, visita a Ponte Preta, em Campinas.
CRUZEIRO COMEÇA MELHOR, MAS PALMEIRAS TERMINA PRESSIONANDO
Quem esteve melhor postado em campo durante os primeiros minutos de jogo foi o Cruzeiro. O time celeste mostrou uma troca de passes precisa, especialmente entre seus homens de meio de campo, como Leandro Guerreiro e Willian Magrão. A equipe visitante conseguiu rondar mais a área palmeirense, com chutes de fora da área e cruzamentos em bolas paradas, enquanto o Palmeiras não tinha a criatividade necessária para ameaçar o gol de Fábio.
O Verdão começou a levar mais perigo perto da metade da primeira etapa, começando pela chance mais perigosa do jogo até ali. Aos 16 miuntos, na principal arma ofensiva da equipe alviverde, Marcos Assunção cobrou falta da direita e Barcos desviou levemente de cabeça. Fábio não conseguiu agarrar e a bola sobrou para Luan, livre na pequena área. Mas o atacante, que estava impedido, não conseguiu aproveitar.
Empurrado pelo incansável torcedor, que cantou durante toda a primeira etapa, o Verdão se animou e passou a se lançar mais ao ataque. Marcos Assunção municiava os meias Luan e Patrick Vieira, que começaram a agredir mais a defesa mineira. Além disso, o que mais fez diferença até os 30 minutos foi a forte marcação que os atacantes palmeirenses faziam, pressionando os zagueiros celestes.
Mesmo pressionada, a Raposa foi quem chegou mais perto de marcar, aos 34 minutos. Em uma jogada que tem se mostrado característica nas últimas partidas, especialmente depois que Martinuccio entrou na equipe, o argentino puxou em velocidade pela esquerda e cruzou rasteiro para a pequena área, para Anselmo Ramon se lançar na bola. O centroavante chegou por trás da zaga e alcançou a pelota, mas ela acertou no pé da trave esquerda do gol de Bruno.
O torcedor palmeirense, impaciente com a apagada atuação de Betinho, começou a gritar o nome de Obina. Mas os homens de frente não perderam a confiança com as manifestações da arquibancada e ampliaram a pressão sobre o time mineiro. Até que o árbitro apitasse o fim da primeira metade do jogo, o Palestra paulista pressionou constantemente o irmão mineiro, especialmente pela ponta direita. Patrick Vieira invadiu a área nas costas de Everton em duas oportunidades, mas a bola sempre era cortada pela defesa celeste, que conseguiu chegar ao intervalo ilesa.
BARCOS DÁ SHOW NO SEGUNDO TEMPO
Gilson Kleina falou na volta dos times ao gramado que queria a marcação palmeirense adiantada. A mensagem foi captada e os jogadores do time da casa voltaram com a marcação mais adiantada. Mas, por outro lado, o Palmeiras encontrou uma marcação igualmente forte por parte do Cruzeiro. Patrick Vieira era o único jogador ofensivo do Verdão que conseguia levar perigo, atacando pela ponta direita.
Aos dez minutos, o jogador contra o qual o torcedor palmeirense mais protestou deu adeus à partida. Betinho deixou o campo para a entrada de Wesley, que, voltando de uma cirurgia no joelho, não atuava desde março. Luan passou a fazer a dupla de ataque com Barcos, enquanto Wesley, mais ofensivo, compôs o meio-campo. Ele levou perigo logo aos 16, quando tabelou com Luan e saiu livre na área. Ele bateu forte de esquerda, mas Fábio fez uma defesa segura.
Elenco se cumprimenta após vitória: sonho de ficar na Série A mais próximo (Foto: Eduardo Viana)
Logo após este lance, Kleina atendeu ao pedido prévio de seu torcedor e colocou Obina em campo, no lugar de Luan. Então, a proposta ofensiva adotada pelo Verdão acabou por dar resultado quatro minutos mais tarde. Patrick Vieira sofreu uma falta na intermediária direita e Assunção, sempre ele, se prontificou para a cobrança. Na bola levantada para a área, Obina tentou o cabeceio no primeiro momento, mas a bola passou por ele e, logo atrás, Barcos emendou para o fundo do gol, abrindo o placar.
Também mais ofensivo após a entrada de Tinga - que, inclusive, aconteceu minutos antes do gol de Barcos -, o Cruzeiro começou a reter mais a bola, em busca do gol de empate. Mas a Raposa encontrou grandes dificuldades diante do posicionamento da defesa alviverde, que se fechou e marcava com até oito homens atrás da linha da bola, apenas com Barcos isolado.
Talvez guiado pela ideia de que não havia nada mais a perder, o técnico Celso Roth queimou suas duas últimas alterações aos 30 minutos de maneira audaciosa. Colocou o atacante Borges no lugar de Souza, muito mal na partida, e Elber, meia-atacante de muita velocidade, no lugar do cansado Martinuccio.
E ele pagou por isso. Um minuto e meio depois, Obina recebeu a bola na entrada da área do Cruzeiro, se virou e rolou para Barcos, que penetrava pelo lado esquerdo do ataque. O Pirata entrou na área, com a defesa cruzeirense completamente desarrumada, e deu um toque por cobertura por cima de Fábio, fazendo seu 25º gol na temporada, outra obra de arte.
Aos 42 do segundo tempo, Barcos deixou o campo, substituído por Tiago Real, para o delírio dos quase dez mil palmeirenses presentes na Fonte Luminosa. Na saída do gramado, o argentino beijou o escudo palmeirense em sua camiseta, fechando com chave de ouro a noite do torcedor alviverde.
FICHA TÉCNICA
PALMEIRAS 2 X 0 CRUZEIRO
Local: Fonte Luminosa, em Araraquara (SP)
Data-Hora: 20/10/2012 - 18h30 (de Brasília)
Árbitro: Marcelo de Lima Henrique (Fifa-RJ)
Auxiliares: Dibert Pedrosa Moises (RJ) e Wagner de Almeida Santos (RJ)
Renda e público: R$ 277.420,00 / 9.873 pagantes
Cartões amarelos: Mauricio Ramos (PAL); Everton, Thiago Carvalho, Willian Magrão e Anselmo Ramon (CRU)
Cartões vermelhos: -
Gols: Barcos 21'/2ºT (1-0) e 32'/2ºT (2-0)
PALMEIRAS: Bruno, Artur, Maurício Ramos, Henrique e Leandro; Márcio Araújo, Marcos Assunção e Patrick Vieira; Luan (Obina 17'/2ºT), Betinho (Wesley 11'/2ºT) e Barcos (Tiago Real 42'/2ºT) - Técnico: Gilson Kleina.
CRUZEIRO: Fábio, Ceará, Mateus, Thiago Carvalho e Everton; Leandro Guerreiro, Marcelo Oliveira, Willian Magrão (Tinga 14'/2ºT) e Souza (Borges 30'/2ºT); Anselmo Ramon e Martinuccio (Elber 30'/2ºT) - Técnico: Celso Roth.

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