Ameaçado, Guarani joga 'vida' contra o São Caetano, que sonha com elite
Vitória no Brinco salva Bugre do rebaixamento à Série C.
Já triunfo azulino, aliado a outros resultados, pode levar time ao
Brasileirão após seis anos
Por GLOBOESPORTE.COM
Campinas, SP
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Não é uma final, mas é como se fosse. Guarani e São Caetano disputam
neste sábado, a partir das 16h20, os 90 minutos mais importantes dos
dois clubes na temporada. A partida no Brinco de Ouro vale a
sobrevivência do Bugre na Série B do Campeonato Brasileiro e a volta do
Azulão à primeira divisão após seis anos. O duelo terá transmissão ao
vivo do canal
PFC, através do sistema pay-per-view. O
GLOBOESPORTE.COM acompanha o confronto em Tempo Real, com vídeos exclusivos, a partir das 15h50 (de Brasília).
Aílton Silva tenta levar o Azulão de volta à elite após seis temporadas fora (Foto: Divulgação/São Caetano)
Os objetivos em campo são muito distintos. Dono de 41 pontos em 37
rodadas, o Guarani depende apenas de suas forças para não voltar à Série
C: precisa vencer o adversário paulista em Campinas. Caso o resultado
não aconteça, o Bugre terá que torcer por tropeços de Guaratinguetá (40)
e CRB (39), que jogam contra Barueri (já rebaixado) e ASA (sem
objetivos nesta última rodada). Tudo para não encerrar o sábado chorando
o oitavo rebaixamento dos últimos 12 anos. Ainda mais em casa.
Tadei quer evitar oitavo rebaixamento em 11 anos
no Bugre (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
O São Caetano, que não tem nada com isso, vai ao interior disposto a
não só rebaixar o Guarani, como também sair do Brinco de Ouro com o
passaporte carimbado para a Série A, que não disputa desde 2006. Para
fazer festa, o Azulão (68 pontos) tem que vencer o último duelo do ano e
torcer para que Atlético-PR ou Vitória (ambos com 70) não vençam Paraná
e Ceará, também sem aspirações nesta despedida de 2012,
respectivamente.
Curiosidades marcam o encontro entre Bugre e Azulão. No retrospecto
histórico, o time campineiro leva pequena vantagem, com uma vitória a
mais (oito contra sete), apesar de um menor número de gols marcados (16
contra 20). De 2009 para cá, porém, só deu Guarani: seis vitórias
consecutivas, sendo duas nesta temporada.
Para uma partida tão importante, um árbitro de peso. Apontado como um
dos principais juízes desde seu surgimento, nos anos 90, o paulista
Paulo César de Oliveira comandará o jogo em Campinas. Os assistentes,
também de São Paulo, são Emerson Augusto de Carvalho e Rogerio Pablos
Zanardo.
Guarani: Vilson Tadei confirma um time bastante
diferente. Após a derrota para o CRB nos acréscimos, em Maceió, o
treinador perdeu Rodrigo Arroz por suspensão e Fumagalli por lesão. Na
zaga, pela falta de especialistas na posição, terá que improvisar o
volante Ademir Sopa. No meio, Fabrício assume a camisa 10. As outras
mudanças são as voltas de Emerson e Lusmar, que estavam suspensos na
rodada passada, e a escalação de uma nova dupla de ataque. O Bugre
entrará em campo para sua última partida com: Emerson; Oziel, Montoya,
Ademir Sopa e Bruno Recife; Lusmar, Fábio Bahia, Medina e Fabrício;
Clebinho e Schwenck.
São Caetano: O técnico Ailton Silva terá três
desfalques para a partida em Campinas. Vandinho, suspenso, terá de
cumprir suspensão automática, enquanto o volante Marcone e o meia Pedro
Carmona foram vetados pelo departamento médico. Aílton e Marcelo Costa
ainda brigam por uma vaga entre os titulares. Com as mudanças, a
tendência é que o treinador escale o São Caetano com Luiz; Samuel
Xavier, Gabriel, Wagner e Diego Correa; Augusto Recife, Moradei, Éder e
Marcelo Costa (Aílton); Danielzinho e Leandrão.
Guarani: o zagueiro Fernando e o meia Fumagalli estão
machucados, enquanto Rodrigo Arroz, também defensor, cumpre suspensão
automática pela expulsão contra o CRB. André Leone, Rafael Oliveira e
Robinho, já liberados pelo departamento médico, fazem o trabalho de
transição entre o departamento médico e o campo.
São Caetano: o atacante Vandinho cumpre suspensão
automática. Já o volante Marcone e o meia Pedro Carmona estão machucados
e foram vetados para o duelo.
Guarani: Fabrício. Sem Fumagalli, o ex-meia do
Atlético-PR assume a camisa 10 e tem a função de comandar o Bugre rumo à
vitória. Ele atuou apenas quatro vezes na temporada e, na única que foi
titular, marcou o primeiro gol da vitória por 2 a 1 sobre o ASA, em
Campinas. A experiência, aliada à qualidade nas bolas paradas, fazem de
Fabrício o principal substituto de Fumagalli.
São Caetano: Éder. Artilheiro do Azulão na Série B,
com 11 gols, o meia tem presença confirmada na mais importante partida
da história recente da equipe do ABC paulista. Como não tem um
companheiro definido - Marcelo Costa e Ailton brigam por um lugar - no
meio-campo, Éder é a aposta para rebaixar o Bugre no Brinco de Ouro e
levar o São Caetano de volta à primeira divisão do Brasileiro.
Vilson Tadei, técnico do Guarani: "O São Caetano
está brigando desde o começo pelo acesso. É uma equipe muito forte, uma
das grandes forças desta Série B, mas entendo que o Guarani tem todas as
condições de superar suas dificuldades e vencer a partida".
Gabriel, zagueiro do São Caetano: "Até a 18ª
rodada não tivemos um pênalti a nosso favor. Acho que dão (a CBF)
prioridade porque o São Caetano não tem torcida. Querem que subam times
que têm torcida".
* Guarani e São Caetano se enfrentaram 19 vezes na história. Foram oito
vitórias do Bugre, sete do Azulão e quatro empates. O time de Campinas
marcou 16 gols, enquanto a equipe do ABC fez 20.
* O São Caetano já viveu situação semelhante a que o Guarani vive em
2012. Há cinco anos, o Azulão perdeu a final do Campeonato Paulista para
o Santos e lutou contra o rebaixamento na Série B. Na ocasião, o time
se salvou.
* No duelo entre os times no primeiro turno, Guarani e São Caetano eram
comandados por Vadão e Sérgio Guedes. Os dois não trabalham mais nos
clubes.
* O Guarani é o pior ataque da Série B, com 35 gols. Já o São Caetano é
uma das melhores defesas do torneio, com 37 gols, atrás de Atlético-PR e
Goiás, com 36.
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