sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Paulo Vinícius Coelho comenta sobre a derrota do Verdão.


O verbo cair no gerúndio, como no título nesta nota, é apenas porque o rebaixamento ainda não está sacramentado matematicamente. Parece estar, na prática. Nove pontos abaixo de Coritiba e Bahia a nove rodadas do fim da campanha, e sem Barcos, Valdivia, Juninho, além de Henrique, Maurício Ramos e Daniel Carvalho (argh!) contra o Náutico, é muita coisa!

O Palmeiras está virtualmente rebaixado e jogará a segunda divisão pela quarta vez -- somadas as Taças de Prata de 1981 e 1982. É assim, mesmo com a lembrança de que na 31a rodada de 2009 o Fluminense estava dez pontos abaixo do Coritiba. Eram sete, e não nove, jogos a disputar. O Coritiba caiu, o Fluminense, não. Mas o Flu tinha Conca e Fred.

O Palmeiras desfalcado não tem ninguém.

Está caindo o alviverde inteiro, também, porque a torcida (ou a parte debilóide do setor laranja do Pacaembu) também é responsável, mesmo que na menor parte. Jogar no Pacaembu contra o Coritiba poderia representar a vitória na marra, no grito da arquibancada.

Jogar em Araraquara foi a morte.
Time tenso, sem criatividade e com cinco desfalques -- Barcos, Valdivia, Juninho, Arthur e Maykon Leite, machucado, que só pôde entrar no segundo tempo. Time que praticamente não criou nada e ainda sofreu um gol de Deivid mal anulado, antes de o próprio Deivid marcar de pênalti.

O Palmeiras está caindo inteiro, diretoria, jogadores, comissão técnica e torcida, em ordem de responsabilidade.

O único jeito de voltar a ser importante é subir o alviverde inteiro.
Sem máscaras, sem brigas, sem discussões.
Ou o Palmeiras se aglutina de maneira definitiva, em todos os seus departamentos, ou morre.

Em 1959, o Torino foi à segunda divisão italiana pela primeira vez. A imprensa italiana tratou como uim episódio. Foi mais do que isso. De 1959 para cá, o Toro foi campeão italiano uma vez. Isso sim foi espisódico.

Que não seja igual com o Palmeiras.

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