sexta-feira, 20 de julho de 2012

10a Rodada: Portuguesa 0 x 2 Cruzeiro

Cruzeiro vence a Portuguesa e interrompe série de três derrotas seguidas

Por ESPN.com.br com Agência Gazeta Press
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Chegando ao Canindé, em São Paulo, com três derrotas consecutivas no Campeonato Brasileiro, o Cruzeiro se reabilitou na competição nesta quarta-feira ao vencer a Portuguesa por 2 a 0, em duelo válido pela décima rodada do Nacional.

Após cerca de 65 minutos monótonos, um pênalti cometido pelo zagueiro Rogério, da Portuguesa, em cima de Borges, do Cruzeiro, mudou os rumos do jogo. O defensor foi expulso, e na cobrança Wellington Paulista não desperdiçou e abriu o placar aos 31 minutos do segundo tempo.

Com um a menos, a Portuguesa sentiu o choque, e o Cruzeiro foi para cima. E o time mineiro ampliou o placar aos 38 minutos da etapa final, com um gol de Diego Renan.
Com este resultado, o Cruzeiro sobe para 17 pontos na tabela de classificação e fica entre os dez primeiros. Já a Portuguesa, que sofreu sua terceira derrota seguida, segue com oito pontos e cada vez mais perto da zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro.

O jogo

O intenso frio que atingiu São Paulo nesta quarta-feira não espantou apenas os torcedores do estádio do Canindé. O futebol que Portuguesa e Cruzeiro demonstraram dentro das quatro linhas também foi atingido pelo clima paulistano e proporcionou 90 minutos de baixa qualidade técnica e muitos chutões e faltas no meio-campo.

Os primeiros minutos de jogo foram marcados pela chegada de ambas as equipes pelas laterais do campo. Tanto Portuguesa quanto Cruzeiro alçaram a bola para dentro da área por diversas vezes, mas não ameaçaram os goleiros em nenhuma ocasião. Em uma das raras oportunidades que arrancaram aplausos dos torcedores, o meia Moisés cobrou falta da entrada da área e jogou rasteiro nas mãos de Fábio aos sete minutos.

A Lusa também sofria com a falta de movimentação dos atacantes rubro-verdes. O time não pôde contar com Ananias neste duelo e enfrentava a rigidez da dupla de área formada por Diego Viana e William Xavier. O ala Marcelo Cordeiro ainda tentava aproveitar a força física dos atletas, mas os seus companheiros não acompanhavam a sua linha de raciocínio e deixavam de graça com o arqueiro celeste.

Enquanto isso, o Cruzeiro aproveitava para crescer no duelo e arriscava de fora da área. William Magrão aproveitou sobra de muito longe e chutou para longe aos 12 minutos. Enquanto isso, o sumido Montillo tentava se desvencilhar da marcação imposta pelos três zagueiros da Portuguesa e buscava o jogo pelas laterais. Ao cruzar para a boca da área, Lima apareceu providencialmente e afastou para fora.

Ciente de que o seu rendimento não traria qualquer resultado convincente no duelo, a Lusa partiu para cima e criou sua melhor chance aos 17 minutos. O zagueiro Rogério subiu ao ataque e tentou o chute direto. No meio do caminho, o atacante Diego Viana colocou a cabeça na bola e viu o esférico passa muito perto da meta defendida por Fábio.

Em meio aos gritos de Celso Roth na beirada do campo, o Cruzeiro tentava se reorganizar na intermediária. Entretanto, os lusitanos continuavam na frente e mantinham o camisa 1 mineiro aquecido. Aos 22 minutos, Ferdinando colocou a bola no meio das pernas de Tinga e tocou para Guilherme. O volante buscou o passe para William Xavier e obrigou o arqueiro a sair de seu gol para segurar na marca do pênalti.

A sequência do confronto foi marcada mais pelas faltas no meio-campo e pelos chutões que o time dava do que por qualquer outra investida. Os times ainda proporcionavam lances bizarros para os poucos torcedores localizados nas arquibancadas do estádio. Quando o marcador apontava 33 minutos, Diego Renan cruzou para dentro da área da Lusa e viu o estreante Ceará tentar um voleio na entrada da área. No entanto, o ex-jogador do Paris Saint-Germain escorregou na hora da conclusão e deixou de graça com Dida.

Pelo lado da Portuguesa, Diego Viana tentou aproveitar um cruzamento da esquerda de Marcelo Cordeiro com uma bicicleta. O jogador achou que a melhor alternativa seria uma bicicleta, mas não conseguiu sair do chão e isolou para a linha de fundo. O lance irritou ainda mais os torcedores, que soltaram uma sonora vaia após o árbitro apitar o fim da etapa inicial de jogo.

Embora os 45 minutos iniciais não tenham agradado o torcedor, o retorno dos dois times ao gramado deixou os cruzeirenses um pouco mais animados. Com a apatia rubro-verde, os jogadores da Raposa aproveitavam os espaços e conseguiam ameaçar Dida com mais qualidade. Já aos três, Borges recebeu passe após contra-ataque celeste e chutou cruzado. O tiro, entretanto, saiu fraco e possibilitou a defesa do goleiro lusitano.

A Portuguesa ainda tentou responder com Guilherme, mas o volante isolou a bola ao pegar da entrada da área. O lance deixou o Cruzeiro motivado e possibilitou nova chegada com perigo ao ataque. Aos sete minutos, William Magrão invadiu a área e foi ao chão. O jogador deixou a bola com Borges, que abriu para o chute de Wellington Paulista. O atacante arriscou da meia-lua e viu o tiro passar com perigo.

A apatia da Lusa forçou uma mudança estratégica na equipe. Preocupado, Geninho colocou Héverton e Ricardo Jesus no lugar de William Xavier e Diego Viana, respectivamente. O armador teve a chance de chutar para o gol já em sua primeira jogada na partida, mas um desarme providencial impediu a conclusão da jogada.

O Cruzeiro conseguiu responder ao ímpeto adversário com qualidade. Aos 14 minutos, lateral Ceará cruzou para dentro da área e viu a zaga afastar para longe. Na sequência, a bola foi cruzada para dentro da área e encontrou o peito de Wellington Paulista. O atacante dominou tranquilamente e chutou sem deixar o esférico tocar o chão. Contudo, o tiro saiu por cima do gol de Dida.

A apatia das equipes e a ineficiência apresentada na frente ampliaram as reações negativas da torcida cruzeirense. Os mineiros passaram a chamar o técnico Celso Roth de ‘burro’ e viram sua equipe manter a bola presa no sistema ofensivo. Sem qualquer objetividade, a Portuguesa viu a oportunidade de ameaçar e chutou com perigo aos 25. Héverton achou espaço e conseguiu assustar Fábio com um chute forte à esquerda do gol. O árbitro, no entanto, invalidou o lance após ver falta do atacante rubro-verde.

Mesmo com apatia demonstrada em campo, o Cruzeiro seguiu no ataque e chegou ao seu gol após Borges ser empurrado dentro da área. O zagueiro Rogério recebeu o cartão vermelho e viu dos vestiários o atacante Wellington Paulista chutar no canto esquerdo de Dida. No lance seguinte, o atleta quase ampliou ao receber de Montillo e tocar para fora na saída do goleiro adversário.

Sem esboçar qualquer reação no confronto, a Portuguesa foi completamente dominada pelo Cruzeiro e viu o lateral esquerdo Diego Renan aumentar a vantagem. O jogador partiu em velocidade pelo seu setor e estufou a rede ao chutar forte por baixo do goleiro Dida.

O time celeste ainda ameaçou após Montillo recebe cruzamento aos 42 minutos. O jogador chutou forte e Ferdinando conseguiu tirar em cima da linha para livrar a equipe de uma derrota ainda mais amarga no Canindé. Borges também teve a chance de marcar o terceiro, mas, aos 45 minutos, chutou por cima uma chance incrível de dentro da área.

FICHA TÉCNICA:
PORTUGUESA 0 X 2 CRUZEIRO

Local: Estádio Canindé, em São Paulo (SP)
Data: 18 de julho de 2012 (quarta-feira)
Horário: 20h30 (horário de Brasília)
Árbitro: Elmo Alves Resende Cunha (GO)
Assistentes: Alessandro Rocha de Matos (BA) e Bruno Boschilia (PR)
Cartão Amarelo: Rogério (Portuguesa), Marcelo Oliveira e Rafael Donato (Cruzeiro)
Cartão Vermelho: Rogério (Portuguesa)
GOLS:
CRUZEIRO: Wellington Paulista, aos 34 minutos do segundo tempo, e Diego Renan, aos 38 do segundo tempo

PORTUGUESA: Dida; Gustavo, Lima e Rogério; Luís Ricardo (Henrique), Guilherme, Ferdinando, Moisés e Marcelo Cordeiro; William Xavier (Héverton) e Diego Viana (Ricardo Jesus)
Técnico: Geninho

CRUZEIRO: Fábio; Ceará (Marcelo Oliveira), Léo (Mateus), Rafael Donato e Diego Renan; Leandro Guerreiro, William Magrão, Tinga(Lucas) e Montillo; Borges e Wellington Paulista
Técnico: Celso Roth

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